NOSSO RESUMO

A notícia, publicada no jornal O Globo, apresenta a impressora 3D como uma nova tecnologia de produção farmacêutica. O Spritam foi o primeiro medicamento produzido por meio da nova tecnologia e aprovado para uso nos Estados Unidos, obtendo registro do FDA para o tratamento da epilepsia. Apresenta-se como uma tecnologia com potenciais benefícios no âmbito dos produtos em saúde, com aplicabilidade em outras áreas como odontologia e medicina. Segundo as informações apresentadas, a tecnologia 3D tem o potencial de atender a um mercado de medicamentos personalizados e de permitir o emprego de maiores doses de medicamentos por cápsula, favorecendo a sua deglutição. Os potenciais riscos e os custos do medicamento não foram apresentados. As evidências apresentadas basearam-se majoritariamente em opinião de especialistas, dificultando a analise de sua coerência e qualidade, além dos possíveis conflitos de interesses.

POR QUE ESSE TEMA É IMPORTANTE?
As impressoras em 3 dimensões (3D) são uma inovação tecnológica já utilizada em diferentes áreas de pesquisa, principalmente na engenharia. Elas possuem um grande potencial para contribuir para o avanço da medicina e da saúde, viabilizando a fabricação de próteses ou medicamentos, com um grande diferencial: a personalização. Assim, demandas específicas podem ser respondidas com o advento dessa nova tecnologia. Além disso, as impressoras 3D constituem-se como uma nova forma de fabricação de medicamentos, o que traz avanços para o campo da tecnologia farmacêutica, como observado no caso do Spritam (levetiracetam).

Trata-se de uma nova entidade química ou novo produto protegido por patente, com nova indicação terapêutica/preventiva, que pode ser potencialmente aplicada para melhorar sintomas/desfechos?
Satisfatória
Trata-se de uma nova tecnologia farmacêutica para a produção de medicamentos por meio da utilização de impressoras em três dimensões (3D). O medicamento produzido pela nova tecnologia já encontra-se registrado no Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória norte-americana, e disponível comercialmente nos Estados Unidos.
A(s) indicação(ões) está(ã) claramente descrita(s)?
Satisfatória
A indicação do levetiracetam, nome comercial de Spritam, foi descrita para o tratamento de crises convulsivas em indivíduos com epilepsia. Não foram apresentados dados epidemiológicos que destaquem a importância dessa tecnologia farmacêutica e o seu potencial impacto na vida nas pessoas.
Apresenta dados dos benefícios de forma clara, sem exaltar dados pouco representativos?
Não Satisfatória
Os potenciais benefícios da tecnologia foram parcialmente apresentados. Observou-se que a fabricação de medicamentos personalizados pode se tornar mais acessível por meio do uso de impressoras 3D, o que permite um melhor ajuste de dose de um medicamento às necessidades de cada pessoa. Outro benefício plausível destacado foi facilitar a administração e deglutição de cápsulas contendo maior dosagem de medicamento.
Há relato sobre os custos reais ou prováveis ​​da intervenção, comparando-os com as alternativas existentes, além dos custos adicionais à intervenção?
Não Satisfatória
Os custos referentes à nova tecnologia, bem como o custo do novo medicamento não foram apresentados. Logo, não há comparações de preços do levetiracetam produzido por tecnologia 3D e por tecnologia farmacêutica convencional.
Apresenta dados sobre a disponibilidade no mercado brasileiro, incluindo registro na Anvisa, financiamento pelo sus e/ou planos de saúde?
Não Satisfatória
A disponibilidade do medicamento produzido pela tecnologia 3D não foi descrita para o Brasil. Portanto, não há informações sobre a seu possível financiamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos privados de saúde.
Relata a existência de alternativa(s) à intervenção, discutindo as vantagens e/ou as desvantagens da nova tecnologia em comparação com as abordagens existentes?
Não Satisfatória
A tecnologia foi descrita como uma alternativa ao medicamento convencional. Apesar da existência de diferentes alternativas terapêuticas para o tratamento da epilepsia, a matéria não apresentou dados comparativos com essas alternativas, o que poderia demonstrar, com maior acurácia, os reais benefícios dos medicamentos produzidos por tecnologia 3D.
Descreve os danos reais e/ou potenciais da intervenção (riscos, efeitos adversos ou prejuízos) e sua magnitude?
Não Satisfatória
Os potenciais riscos e danos do medicamento produzido com a tecnologia 3D, tais como possíveis reações adversas e efeitos secundários, não foram apresentados.
Descreve as fontes de informação utilizadas e identifica conflito de interesses?
Não Satisfatória
Os dados sobre a aprovação do medicamento no mercado norte americano foram referenciados adequadamente. Os demais dados apresentados referem-se à opinião de especialistas fornecida à agência de notícias britânica BBC. Desta forma, não foi possível avaliar a qualidade dessas fontes e os potenciais conflitos de interesses.
Há coerência entre o foco da matéria e as evidências sobre a tecnologia? A linguagem é clara e objetiva, sem sensacionalismo?
Satisfatória
A linguagem utilizada está clara e objetiva e há coerência entre o foco da matéria e as evidências sobre a tecnologia.
Apresenta dados de estudos científicos publicados, informando a referência e discutindo as limitações da evidência?
Não Satisfatória
Não foram apresentados dados de estudos que embasaram a aprovação da nova tecnologia e nenhum estudo publicado foi referenciado. As limitações da evidencia cientifica não foram abordadas.
Michael RubersonMedicamentosNOSSO RESUMO A notícia, publicada no jornal O Globo, apresenta a impressora 3D como uma nova tecnologia de produção farmacêutica. O Spritam foi o primeiro medicamento produzido por meio da nova tecnologia e aprovado para uso nos Estados Unidos, obtendo registro do FDA para o tratamento da epilepsia. Apresenta-se como...A sua notícia revisada por especialistas