Trata-se de uma nova entidade química ou novo produto protegido por patente, com nova indicação terapêutica/preventiva, que pode ser potencialmente aplicada para melhorar sintomas/desfechos?
Satisfatória
A matéria veiculada no RedeTV News noticiou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a imunoterapia como tratamento para o câncer de mama. Esse tratamento consiste em fortalecer o sistema imunológico para combater as células cancerígenas.
A(s) indicação(ões) está(ã) claramente descrita(s)?
Satisfatória
Foi descrita a indicação da imunoterapia para o tratamento de câncer de mama. Foram apresentados dados de incidência do câncer de mama no Brasil, ou seja, as estimativas de casos novos da doença por ano.
Apresenta dados dos benefícios de forma clara, sem exaltar dados pouco representativos?
Não Satisfatória
A matéria não especificou os desfechos do tratamento, como, por exemplo, a taxa de sobrevida. Um vídeo, com depoimento de um paciente que tratou de um câncer de pele melanoma, foi incluído para destacar os baixos efeitos adversos que o tratamento apresentou para o paciente. Entretanto, esse benefícios não foram contextualizados em termos populacionais, não sendo possível avaliar sua efetiva relevância.
Há relato sobre os custos reais ou prováveis ​​da intervenção, comparando-os com as alternativas existentes, além dos custos adicionais à intervenção?
Satisfatória
Os custos da imunoterapia foram apresentados e relatou-se que o custo do tratamento é muito superior ao da quimioterapia, o tratamento convencional. Não foram mencionados custos adicionais à utilização da imunoterapia.
Apresenta dados sobre a disponibilidade no mercado brasileiro, incluindo registro na Anvisa, financiamento pelo sus e/ou planos de saúde?
Satisfatória
Foi informado que o medicamento utilizado na imunoterapia teve o registro aprovado pela Anvisa. No entanto, não houve relato sobre o possível financiamento do tratamento pelo SUS e da cobertura por planos de saúde.
Relata a existência de alternativa(s) à intervenção, discutindo as vantagens e/ou as desvantagens da nova tecnologia em comparação com as abordagens existentes?
Satisfatória
Relatou-se a existência de alternativas terapêuticas para o tratamento do câncer, como, por exemplo, a quimioterapia. Além disso, foram descritas as vantagens da Imunoterapia, que tem efeitos adversos menores em relação à quimioterapia. Não se discutiu como a nova intervenção se enquadra no âmbito das alternativas existentes.
Descreve os danos reais e/ou potenciais da intervenção (riscos, efeitos adversos ou prejuízos) e sua magnitude?
Não Satisfatória
Foram descritos os efeitos adversos decorrentes da realização da Imunoterapia, porém não foram abordados os riscos ou potenciais prejuízos decorrentes da utilização da nova tecnologia a longo prazo.
Descreve as fontes de informação utilizadas e identifica conflito de interesses?
Não Satisfatória
Apenas a informação acerca da aprovação do tratamento pela Anvisa foi citada. As demais fontes, relacionadas com o medicamento a ser utilizado na imunoterapia, não foram apresentadas. Não foi possível avaliar a existência de conflito de interesses.
Há coerência entre o foco da matéria e as evidências sobre a tecnologia? A linguagem é clara e objetiva, sem sensacionalismo?
Não Satisfatória
Houve coerência entre o foco da matéria e as evidências científicas sobre a tecnologia. Apesar da linguagem estar clara e objetiva, houve a utilização de recursos para sensibilizar o público no vídeo anexado à matéria.
Apresenta dados de estudos científicos publicados, informando a referência e discutindo as limitações da evidência?
Não Satisfatória
Não foram apresentados dados de estudos científicos publicados e as limitações da tecnologia não foram discutidas.
Olhar Jornalístico

TÍTULO: O título é direto e mostra que a informação é oficial ao trazer um órgão de autoridade do governo.

INTERTÍTULO: O intertítulo complementa a informação do título e traz um dado de que a terapia ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde, apesar de sua aprovação pela Anvisa.

COMO O ASSUNTO CHEGOU À REDAÇÃO: Nota divulgada no Diário Oficial da União em 13/05/2019.

DEFINIÇÃO: A reportagem faz a divulgação de uma informação oficial, adicionando dados e trazendo fontes que comprovam a necessidade desta nova terapia estar presente nos meios clínicos. Ela faz o uso do espaço para explicar não só a condição médica, como também a ação da imunoterapia.

PUBLICIDADE / INTERESSE COMERCIAL: Não há indicação clara de interesse comercial.

FONTES DE INFORMAÇÃO: Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), entrevistas com José Augusto Rinck, oncologista, Cláudio Dangelo Navarro, paciente de câncer.

RECURSOS VISUAIS: Imagens de transição, ilustrações animadas, imagens dos entrevistados.

CONCLUSÃO: A reportagem foi bem completa e explicativa. Ao trazer dados sobre casos de câncer de mama no Brasil, mostrar os riscos que a doença traz, e os tratamento já utilizados, a matéria adicionou informações pertinentes ao caso e a divulgação de algo que está no DOU. Além disso, trouxe uma fonte que comprova a eficácia desse tipo de terapia para o câncer. Porém, mesmo mostrando que é uma terapia já utilizada em outros países, não apresentou dados de sobrevida de pacientes que já se trataram com uso da imunoterapia.

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