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Formulações de Anfotericina B para o tratamento de infecções fúngicas em pacientes com HIV/AIDS

PTC 07/2012

DOI: 10.13140/2.1.3943.2484

Autores: Juliana de Oliveira Costa, Lívia Lovato Pires de Lemos, Rosângela Maria Gomes, Augusto Afonso Guerra Júnior, Francisco de Assis Acurcio

RESUMO EXECUTIVO

Intensidade das recomendações: Fraca a favor da anfotericina B lipossomal.

Tecnologia: Anfotericina B lipossomal e anfotericina B complexo lipídico.

Indicação: Infecções fúngicas.

Caracterização da tecnologia: Antibiótico poliênico que se liga aos esteroides da membrana celular de fungos, resultando em uma alteração da permeabilidade da membrana e morte celular.

Pergunta: Qual das formulações lipídicas de anfotericina B é mais custo-efetiva para o tratamento de infecções fúngicas sistêmicas em pacientes portadores de HIV/AIDS?

Busca e análise de evidências científicas: Foram pesquisadas as bases The Cochrane Library, Centre for Reviews and Dissemination, Tripdatabase, Medline (via Pubmed), e LILACS. Incluíram-se estudos que comparavam diferentes formulações de anfotericina B. Avaliações de Tecnologias de Saúde (ATS) foram pesquisadas em sites de agências nacionais e internacionais.

Resumo dos resultados dos estudos selecionados: Foram selecionadas cinco revisões sistemáticas, sendo uma especificamente desenhada para avaliar a segurança dos medicamentos. Em geral não foram observadas diferenças estatisticamente significantes em relação à sobrevida, resposta ao tratamento e resolução da infecção fúngica. Entretanto, houve diferença em relação à segurança. A anfotericina B lipossomal foi associada a menor risco de nefrotoxicidade e aumento da creatinina sérica. Foram incluídos dois estudos econômicos, um de custo-minimização e outro de custo-efetividade. Os resultados foram conflitantes, tendo o primeiro favorecido a formulação complexo lipídico e o segundo a formulação lipossomal. Ambos os estudos apresentaram limitações importantes e não há estudo considerando a realidade brasileira.

Recomendações: Considerando todos os estudos encontrados, bem como as limitações apresentadas, não é recomendada a utilização de anfotericina B lipossomal em pacientes com HIV/AIDS acometidos por infecções fúngicas, a não ser estritamente nos casos em que os pacientes apresentem alterações da função renal. Além disso, a anfotericina B lipossomal poderia ser utilizada em casos de intolerância à anfotericina B convencional.

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